Gripados?

Antes da interrupção durante o mês de Agosto, recuperamos a importância do ânimo e tipo de sangue, ao nível das causas, e do fortalecimento da imunidade e antioxidantes, no âmbito da cura gripal. À nossa disposição estão alguns dos mais poderosos antivirais: desde alimentos a suplementos alimentares passando pelos chás. Um contributo para que o H1N1, que há noventa anos matou dezenas de milhões de pessoas, possa agora ser vencido.
A gripe é efeito de agressão por um micróbio virulento, em que as defesas imunitárias não protegeram. Do ponto de vista da metafísica médica é sinal de fragilidade e significa que a pessoa (ou pessoas, no caso de uma epidemia) se deixa facilmente invadir por pensamentos, palavras ou gestos dos outros. Talvez se acuse(m), ainda que de forma pouco consciente, de ser(em) repugnantes ou ignóbeis. Para Lise Bourbeau o problema físico resulta de uma crença inconveniente que bloqueia o(s) desejo(s) e impede de realizar necessidade(s) legítimas da alma.
Para Kurt Tepperwein a gripe revela um conflito por resolver (cuja energia atrai germens patológicos) ou que não se enfrentou; uma obrigação, tarefa ou problema que se tentou evitar, não se admite ou está preparado para encarar. Segundo Hamer Ryke Geerd, citado por Lise Bourbeau, a infecção pertence ao grupo de doenças frias, aquelas em que o conflito está activo. Kurt Tepperwein complementa: quando se trata de uma doença aguda é sinal de que a causa é actual, quando é grave significa que o conflito é antigo e se mantém por solucionar. No caso da inflamação, como explicou Hamer Geerd, integra-se nas doenças quentes, quando o conflito foi resolvido e o corpo se está a restabelecer.
Estado de espírito contagia
Para que um contágio aconteça há diversos factores: os genes, a higiene, a exposição, a saúde pública, a idade
[1], estados já doentes, o cansaço, a susceptibilidade ou a sobrevivência. Mas três dos mais importantes são o humor, o sistema imunitário e o tipo de sangue.
Lise Bourbeau salientou que a infecção pode produzir-se numa pessoa pessimista e que é o próprio medo da agressão que a põe em contacto com pessoas e circunstâncias agressivas. Também Patrick Holford sublinha que a tensão, a depressão e o luto deprimem o sistema imunitário.
Já Max Hendel o havia referido: “(…) a realidade é que alta percentagem das nossas enfermidades é devida ao medo por parte do paciente”. E, lembra que a humanidade conseguiu aterrorizar as grandes criaturas mas t(r)eme perante as (mais) pequenas. Nos casos de humor mais baixo – não só o medo mas também os nervos, a preocupação, a raiva, o desânimo – destroem o poder de resistência do corpo e dão-lhe propensão para ficar doente.
No capítulo XIV, sobre a mente e a cura, do livro “Princípios ocultos de saúde e cura”, Max Heindel afirma categoricamente que “(…) o contágio vem de dentro” e explica-o. No dia-a-dia, o Ser Humano contacta com milhares e milhares de germens e parasitas: caso das moscas, do próprio leite, da água, das notas, das moedas… Contudo, nem sempre adoece.
O baço é, como recorda James A. Duke, em “Farmácia verde”
[2], o órgão no qual se agrupam as células combatentes do sistema imunitário. Max Heindel, já anteriormente, esclarecia: o baço é o órgão que atrai um veículo (composto de éter e energia solar) que assimila e através dele penetra o sistema nervoso do corpo humano, convertendo-se em fluído vital (rosado), através do qual os músculos se movem e os órgãos realizam as suas funções… vitais. A parte absorvida e não utilizada é depois irradiada para fora do corpo. Se for em linha recta significa que a pessoa possui um estado de saúde irradiante: «Nestas condições nenhum germe pode encontrar guarida no corpo. Não pode penetrar vindo de fora, porque estas correntes de força invisíveis o impedem da mesma [forma] que uma mosca não pode passar através de um ventilador em movimento.»[3]
Pelo contrário, quando o estado de humor baixa, o mesmo fluído é irradiado da periferia do corpo de forma decaída, dobrada e mais lenta – é como se, exemplifica o autor, diminuísse a voltagem ou cortasse parcialmente a corrente eléctrica. O corpo ao retrair-se, com pensamentos e/ou sentimentos negativos, deixa de absorver fluído vital em quantidade suficiente (e quanto menos assimilar pior será o estado de saúde), as forças quebram e o organismo fica vulnerável ao ataque e passagem dos micróbios: «(…) desde o momento em que permitimos que os pensamentos de temor, de preocupação, ira, desalento, etc., nos assaltem, o corpo procura fechar as portas, por assim dizer, contra todos os inimigos exteriores, imaginários ou reais. O baço fecha-se e deixa de especializar o fluído vital em quantidade suficiente para as necessidades do corpo»
[4].
Diz-me que sangue tens…
O tipo de sangue é, defende Peter J. D´Adamo, um factor crucial, dita a gravidade de uma infecção, dá determinada capacidade de adaptação, desenvolvimento de barreiras e afastamento no próximo ataque. A história da sobrevivência humana tem sido, atenta, de luta contra as doenças infecciosas: umas criam mais problemas para alguns tipos sanguíneos enquanto outros estão mais protegidos: «O tipo sanguíneo permite que o organismo resista a algumas doenças infecciosas e debilita e limita as reacções a outras»
[5].
Quase todas as doenças infecciosas, que influencia(ra)m a demografia - como a varíola, cólera, tuberculose, Peste Negra, malária, sarampo, diarreia, tifo, pneumonia - tiveram preferência por um tipo sanguíneo, especificamente susceptível e um outro, oposto, que é resistente. Por exemplo, o tipo O tem sido mais vulnerável à tuberculose e foi o mais atingido pela Peste Negra (yersina), que matou 1/3 da população; o tipo A às doenças cardíacas e ao cancro e o tipo AB à varíola.
No caso da gripe, uma doença virulenta, normalmente de tipo A e tipo B, tem assassinado milhões de pessoas desde o final do século XIX e continua letal. E se a vacina oferece alguma protecção, afirma, a verdade é que o vírus pode modificar-se e torná-la ineficaz: «No caso de algumas variedades do tipo A, já vimos surgir mutações inteiramente novas, contra as quais nenhum sistema imunológico tinha qualquer defesa. Naqueles anos, a gripe tornou-se pandémica, uma epidemia mundial que matou milhões e milhões de pessoas»
[6]. Uma contribuição para a mudança e progressão genética, na análise daquele médico naturopata e pesquisador.
Segundo Peter D´Adamo
[7], o tipo O é altamente susceptível às variedades mais virulentas; estão entre os mais atingidos nos anos em que o vírus está mais poderoso. Contudo, o O “Tem uma capacidade relativamente boa de gerar anticorpos contra os vírus comuns do tipo A (A H1N1, vírus da gripe espanhola que há noventa anos fez dezenas de milhões de mortos, e o A H3N2, responsável pela gripe de Hong Kong, de há 50 anos, e que fez quase um milhão de vítimas mortais). Tende a adoecer com mais facilidade por causa do primeiro do que do segundo. Tem uma reacção menos forte contra o vírus B.
O tipo de sangue A tende a contrair as formas menos virulentas do vírus e, se adoecer, a gravidade da gripe não é tanta. Demonstra capacidade de reagir rápida e substancialmente (e a capacidade de reagir rapidamente a um novo atacante é que marca a diferença entre ter uma constipação sem importãncia ou ficar uma semana de cama com gripe) contra o vírus A H1N1 e ainda maior contra o vírus tipo A H3N2. A reacção contra o vírus B da gripe é mais fraca.
O tipo de sangue AB possui uma capacidade relativamente fraca de gerar anticorpos contra qualquer vírus da gripe; é bastante indefeso contra todos eles (é ainda conhecido o H2N2 que, há mais de 60 anos, matou acima de um milhão de pessoas no mundo e ficou conhecido pela gripe asiática) e, para si, a gripe é, todos os anos, um problema.
O tipo sanguíneo B tem uma defesa mais fraca contra o vírus A H3N2 (este antigénio pode ser encontrado neles cinco meses depois de se terem recuperado da gripe, mesmo sem sintomas) e ligeiramente melhor contra o A H1N1. Tem muito mais vantagem contra as variedades de vírus do tipo B da gripe do que qualquer outro tipo de sangue. O antigénio é que despoleta o processo de resposta imunológica que termina com a produção de anticorpos. Um deles é a fucose, em que o leite humano é rico, que ajuda o bebé enquanto tal, a lutar eficazmente contra as infecções.
"Tropas" em combate
Outro dos factores decisivos é o sistema imunitário, cuja função é identificar e destruir os inimigos do organismo. As principais células imunitárias são, seguindo o mesmo autor, as B, T, macrófagos e glóbulos brancos ou leucócitos. As células B segregam anticorpos específicos que se agarram ao invasor, impedindo o(s) vírus de entrar nas células orgânicas e, portanto, de se apoderar do seu centro de controlo, reprogramá-lo e, por consequência, reproduzir-se.
As células T, ou linfócitos, vivem cerca de quatro dias e são produzidas no timo. São de três tipos: as T-auxiliares, que ajudam a activar as células B a produzirem antigénios, normalmente constituem o dobro das T-supressoras; estas, quando a batalha contra o invasor está ganha, terminam as reacções, e as NK, as “assassinas natas", uma vez que produzem toxinas capazes de destruir o agressor. Os macrófagos engolem e digerem os invasores já identificados pelas células B e T – é a fagocitose. As que operam especificamente no sangue denominam-se monócitos.
Assim que um invasor é identificado são produzidas novas “tropas”, colocadas em “fortalezas” como as amígdalas, o apêndice, o baço ou os gânglios linfáticos. Patrick Holford, em “A bíblia da alimentação”, lembra que o sistema imunitário tem a capacidade de produzir, num minuto, um milhão de anticorpos e de reconhecer, e desarmar, biliões de antigénios - os invasores cujos principais canais de acesso são os pulmões e o tubo digestivo.
Já no Séc.XIX Louis Pasteur havia notado que seria mais eficaz apostar no fortalecimento do sistema imunitário do que uma estratégia orientada para a destruição dos invasores, como aconteceu. Só hoje, com o aumento de agentes infecciosos e resistentes aos medicamentos – venenosos para o organismo, como sublinha Patrick Holford – é que a atenção se volta para a imunidade natural, como é o caso do interferon.
Perdoar e alegrar
Para a descobrir qual a crença que está a bloquear o(s) desejo(s) e a impedir de realizar necessidade(s) legítimas do Ser (Interno) Lise Bourbeau propõe, no seu livro «O teu corpo diz “ama-te” – a metafísica das doenças e do mal-estar
[8]», a resposta a três perguntas: 1. a)- Descreva o que vive no seu corpo; b)- Qualifique como se sente com este problema; 2.a)- O que é que o mal-estar o está a obstaculizar na vida? b)- Isto (resposta à 2.a) impede-lhe de ser o quê na sua vida? 3. a)- Se se permitisse ser (resposta à 2.a.) que lhe poderia acontecer de desagradável ou inaceitável? b)- Nesse caso, como se julgaria? c)- Como julga que os outros o julgariam?[9]
A mesma autora sugere sete etapas do perdão: 1.Identificar as emoções. 2. Tomar responsabilidade pela escolha de reagir com amor ou com medo. 3. Aceitar o outro e renunciar. 4. Perdoar-se; permitir ter direito a ter (tido) medos, crenças, fraquezas. 5. Mostrar desejo de exprimir o perdão. 6. Ver a pessoa em questão; exprimir o que se viveu e pedir-lhe perdão pelas acusações feitas. 7. Fazer a ligação com uma situação ou decisão face a um parente. Refazer (todas) as etapas com essa pessoa (ainda que seja o próprio).
Lise Bourbeau recomenda ainda tomar contacto com a força interior, reconhecer a capacidade de afirmação e deixar de acreditar que deve mostrar-se fraco, frágil ou vulnerável para obter atenção ou amor dos outros. No caso de uma inflamação, não pensar que está doente, mas agradecer ao corpo por se estar a regenerar e, em caso de dores, quando o conflito está activo, enfrentar o problema e resolvê-lo - decidir e aplicar consequentemente a determinação.
Prevenir
São várias as indicações, consoante os autores, para manter o sistema imunitário forte e saudável. Peter D´Adamo indica o seguimento de uma dieta específica para o seu tipo de sangue, nomeadamente os alimentos benéficos, que funcionam como remédios, a redução do stress e a toma de suplementos (não anti mas) probióticos, bactérias benéficas para a saúde humana, nomeadamente a estirpe lactobacillus salivarius, que é boa para adultos, como salienta Patrick Holford, para quem só sucumbimos aos micróbios quando estamos em baixo e a melhor cura é a prevenção.
O fundador do Institute for Optimum Nutrition recomenda, além de um conveniente estado de espírito e de uma adequada alimentação, relaxamento e meditação, que aumentam a contagem de células imunitárias. A importância do exercício físico advém de proporcionar a circulação do líquido linfático ao movimentar os músculos e, através dos vasos linfáticos, levar os invasores até aos “fortes” para ali serem destruídos.
Max Heindel defende(u) além da exercitação física também a actividade mental, um estado de ânimo de alegria e esperança como o melhor dos remédios e aconselhou uma crença sincera na saúde: «É uma lei que, se pensamos em saúde, acabaremos forçosamente por exprimi-la, tarde ou cedo»
[10]. Deixou orientações no sentido de uma vida racional, sensata, livre de excessos, dando ao corpo alimentos puros, procedentes do reino vegetal, a obediência às leis da vida e a demonstração da fé e optimismo com obras.
Dietas
Segundo Patrick Holford a dieta ideal para estimular a capacidade imunitária passa por uma quantidade suficiente de gorduras essenciais – existentes nos óleos de semente extraídos a frio -, muita fruta – como melancia, laranja e kiwi -, legumes frescos - como cenoura, beterraba (incluindo a rama), tomate e batata-doce -, sementes moídas, cereais integrais – como o arroz – e peixe; deve evitar-se carne e alimentos alérgicos.
O mesmo autor exemplifica ainda. No caso do sumo de melancia, pode desfazer a polpa e as sementes, pois são ricas em proteínas, zinco, selénio, vitamina E e óleos essenciais, e beber um litro por dia. Pode fazer uma sopa de cenoura, com três destes legumes, dois tomates, agriões biológicos, pedaços de tofu, leite de arroz (ou soja) e amêndoas ou sementes moídas. Poderá igualmente preparar uma grande salada com favas, brócolos, cenoura, beterraba, courgette, agrião, alface, tomate, abacate, pedaços de tofu, alho esmagado e óleo extraído a frio.
Patrick Holford aconselha a comer pouco (mas assegurando uma quantidade suficiente de proteínas), a manter-se quente e a evitar os lacticínios, já que a infecção viral tende a aumentar a produção de muco. A estas juntam-se sugestões de Peter D`Adamo: uma mistura concentrada de mirtilo, cereja, maçã e sabugueiro.
Durante uma infecção, quer o invasor quer o próprio sistema imunitário produzem radicais livres – substâncias químicas perigosas, as toxinas - que podem ser combatidas com nutrientes antioxidantes, que desintoxicam o organismo. São igualmente muito recomendados estimulantes da imunidade natural, o interferon – que desarma os espigões dos vírus, ligando-se a eles - e os antivirais – sobretudo quando a infecção está instalada, mas também como manutenção, embora em doses mais baixas, e mesmo em resfriados.
Nutrição adequada
Peter J. D´Adamo indica o Zanamivir, remédio que reduz os sintomas quando já ocorreu a infecção e previne-a por completo, e o sabugueiro, que inibe a repetição de todas as variedades do vírus da gripe. Patrick Holford receita especificamente o extracto de bagas de sabugueiro, o Sambucol, em uma colher de sobremesa três a quatro vezes por dia: acelera a recuperação, reduz a duração da gripe e impede o vírus de se instalar; tem a propriedade de inibir a acção da enzima neuraminidase, que cobre os espigões minúsculos dos vírus com que penetram na membrana da célula, furando e destruindo a parede celular.
A vitamina C - mais eficaz do que o AZT, defende Patrick Halford - é, segundo este autor, um nutriente de elite para estimular a imunidade: ajuda ao amadurecimento das células imunitárias, protege-as dos radicais livres, estimula a produção de interferon, melhora o rendimento dos anticorpos e macrófagos, é antiviral e capaz de destruir as toxinas. Os vírus não conseguem sobreviver num ambiente rico em vitamina C. Com uma grama (equivalente a mil mg) por dia tem um efeito protector mas, mesmo em manutenção, pode ir até às três gramas diárias; em caso de combate a infecções poderá atingir entre seis a 10 gramas diárias, de preferência com a primeira toma ao acordar e a última ao deitar. São fontes desta vitamina o camu-camu, a acerola, pimentos verdes, melão-cantalupa, kiwi ou, ainda a título de exemplo, o ananás.
A vitamina A fortalece as paredes das células (mantém a integridade do tubo digestivo, dos pulmões e de todas as membranas celulares) afastando os vírus e impedindo-os de entrarem no corpo. É, segundo Patrick Holford, um poderoso antioxidante, que se pode tomar, para manutenção, 7500 Unidades Internacionais (UI) por dia, mas, como pode ser tóxico em grandes quantidades, só deve ser ingerido, em caso de infecções, durante uma semana, entre 10 mil a 25 mil UI por dia.
Nas vitaminas, a E, antioxidante, que melhora o funcionamento das células B e T, e que se encontra nos frutos secos, sementes, glúten de trigo e óleos extraídos a frio, pode ser tomada, em caso de infecção, entre 500 a mil UI por dia; para estimular a imunidade, sobretudo em conjunto com o selénio, pode ser a partir dos 100 UI/dia. As vitaminas B – nomeadamente B1, B2, B5, B6, B12, também são “amigas” das células imunitárias.
Quanto à alimentação, é benéfico o alho, cebola, cogumelos medicinais ou gengibre, por exemplo. O alho contém alicina, uma substância antiviral, e enxofre, que actua como antioxidante; pode ser ingerido um dente por dia e, em caso de infecção, dois a seis. James A. Duke
[11] indica 10 por dia, em molhos, sopas, pão… Os cogumelos, designadamente o maiitake, reishi ou ganoderma, contêm polissacáridos que estimulam a imunidade; o shiitake possui, além disso, através do composto lentiname, propriedades antivirais.
A cebola, embora menos potente do que o alho, tem propriedades antivirais semelhantes. Em caso de resfriado, o autor do livro “Farmácia verde” propõe que se tome a intervalos, como se de um xarope se tratasse, lascas cruas demolhadas, durante uma noite inteira, num pouco de mel. O gengibre, por seu lado, contém quase uma dúzia de compostos antivirais, muitos dos quais também se encontram na curcuma, o açafrão-da-índia. São recomendadas duas colheres de raiz de gengibre fresca triturada, numa chávena de água a ferver, às quais pode juntar um pau de canela.
Com o gengibre pode combinar o chá de unha-de-gato, antiviral com alcalóides que estimulam a função imunitária: duas gramas por dia, para manutenção e até seis em caso de infecção, quatro vezes por dia. O alcaçuz contém oito compostos antivirais activos - como a glicirrizina, que inibe vários dos processos envolvidos na reprodução viral – e leva o corpo a libertar o interferon. Devido ao seu sabor, pode ser usado como adoçante. À forsítia e madressilva pode ainda juntar-se a erva-cidreira, um dos chás antivirais mais habitualmente utilizados.
Alternativas
Nos minerais, o zinco é um dos mais importantes, é crucial para a produção e funcionamento adequado das células imunitárias, especialmente as B e T, mas deve ser tomado com cuidado. Em alguns casos só no combate à infecção, numa dose entre os 15 e os 50 mg por dia: «(…) o seu excesso pode suprimir a capacidade de os macrófagos destruírem as bactérias. A ingestão diária ideal é de 15 a 25 mg. Apesar de o zinco poder ser um suplemento benéfico durante uma infecção viral, pode não ser uma boa ideia tomá-lo no decurso de uma infecção bacteriana. O mesmo se aplica ao ferro»
[12]. Além deste, estão envolvidos na antioxidação, o manganésio, o cobre ou o selénio, um mineral que abunda nos mariscos e nas sementes de sésamo e pode ser tomado 100 gr. para manutenção e entre 200 a 300 gr. diárias, em caso de infecção.
Se preferir gotas pode optar pelo extracto de caroço de toranja, o Citricidal, antiviral que possui um efeito semelhante ao dos antibióticos, mas não danifica as bactérias benéficas dos intestinos. Pode tomar-se cinco gotas por dia, em manutenção, e entre 20 a 30, em caso de infecção. Não é, contudo, conveniente tomá-lo depois de já ter assimilado probióticos. A serpentária, a chamada banha da cobra, é também uma substância antiviral que, em caso de infecção, é receitado entre 10 a 15 gotas de extracto concentrado três vezes por dia.
O betacaroteno (também fonte de vitamina A), é um antioxidante que se encontra nos legumes frescos bem como nos alimentos vermelhos, laranjas e amarelos. Sugere-se um sumo de cenoura e/ou melancia, por exemplo, ou então a toma de um suplemento entre 10 mil a 25 mil UI por dia, em caso de infecção - reduzida para 7500, quando em manutenção.
Para enfrentar uma infecção viral, Patrick Holford refere também o aloés, antiviral e estimulante da imunidade; uma a três gramas por dia de lisina, de astrágalo (ou alquitera) e de ácido caprílico; duas a três gramas de glutationa e cisteína, aminoácido antioxidante; uma a duas colheres de sobremesa, por dia, de pólen de abelhas; 50 a 500 mg, diárias, de hipericão ou milfurada; 200 a 500 mg de hidraste, que aumenta o fornecimento de sangue ao baço; 100 a mil mg também diárias de artemísia ou artemigem; óleo de cameleira, cardo mariano, alcachofra de Santo António, extracto de bagas de mirtilo, picnogenol, ácido lipóico e bioflavonóides.
A esta lista James A. Duke junta equinácea (mastigar a raiz), o zimbro, que contém um composto antiviral (a deoxipodofilotoxina), o eucalipto, que contém vários compostos antivirais. Em caso de um suplemento antioxidante, este deve ser de boa qualidade e com elevada potencia, defende Patrick Holford; deve integrar 20 mil UI (6600mcg) de vit.A, 300 UI de vit. E, 100 mg de vit.B6, 20 mg de zinco e 100 mcg de selénio.
Para os casos de resfriados James A. Duke propõe, além de uma canja com alho, cebola, gengibre e pimenta, 30 gr. de agrião fresco em salada, que pode combinar com o gengibre, para a tosse e coriza; uma chávena de manhã e outra à noite de uma a duas colheres de anis macerado em meia chávena de água a ferver durante 10 a 15 minutos, depois de coado; alteia e outras malvas; juntar cerejas-bravas maceradas à limonada; a raiz do ulmeiro-vermelho, alivia a tosse e garganta; o chá com flores de verbasco ou barbasco, um expectorante, além das já referidas serpentária, em infusão, e casca de salgueiro, que acalma a dor e é anti-inflamatório.
* Anos 70 [1] As principais vítimas da gripe são, normalmente, os recém-nascidos e idosos, um dos grupos mais vulneráveis. [2] DUKE, James A. - Farmácia verde, Publicações Europa-América, 2004. [3] HEINDEL, Max - Princípios ocultos de saúde e cura. [4] HEINDEL, Max - Princípios ocultos de saúde e cura. [5] ADAMO, Dr. Peter – Viva melhor com a dieta do tipo sanguíneo, Ed, Campus, 2001, pág.370. [6] ADAMO, Dr. Peter – Viva melhor com a dieta do tipo sanguíneo, Ed, Campus, 2001, pág.374/5. [7] ADAMO, Dr. Peter – Viva melhor com a dieta do tipo sanguíneo, Ed, Campus, 2001, pág.374. [8] BOURBEAU, Lise - O teu corpo diz “ama-te” – a metafísica das doenças e do mal-estar, 4ª reimpressão, 2007, pág. 391. [9] Interpretação proposta pela autora dos resultados obtidos: 1. o que vive face á pessoa ou situação que desencadeou o mal-estar. 2. O(s) desejo(s) bloqueados. 2.b)- Necessidade legítima do Ser bloqueada pela crença três. 3. Crença maléfica que bloqueia o(s) desejo(s) e impede de realizar a necessidade, criando o problema físico. [10] HEINDEL, Max - Princípios ocultos de saúde e cura. [11] DUKE, James A. – Farmácia verde, Publicações Europa-América, 2004. [12] HOLFORD, Patrick – A bíblia da alimentação, Editorial Presença, 2ª ed., 2004, pág. 164.
Etiquetas: Dina Cristo, Gripados, Saúde