quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ser e não ser





A uns passos de fazer 80 anos, recuperamos uma das mais conhecidas obras de Stuart Hall.

Texto Dina Cristo

A actual crise de identidade é um reflexo do processo de transformação que a afecta. Nas sociedades mais tradicionais e fechadas, que veneravam o passado e valorizavam os símbolos, a identificação era dada ao povo, à tribo, à religião e à região. Aqui o lugar coincidia com o espaço onde decorriam as actividades, a vida social, em presença dos indivíduos. Entretanto, com o colapso da ordem medieval, da relação com Deus mediada pela Igreja, da sociedade hierárquica e do feudalismo, surge uma nova concepção de identidade.

O sujeito do Iluminismo, o indivíduo dotado de razão, possui um núcleo interno, inato, que constitui a sua identidade. O seu “eu real” é essa essência interior, um centro que lhe permite ser soberano, autónomo, auto-suficiente e ter uma identidade fixa, permanente, estável e segura. O indivíduo é, e por isso está, totalmente centrado, unificado, completo. Ele é indivisível, singular, único, distinto, individual. Com a sua substância mental, ele é o sujeito pensante e consciente de René Descartes (“Cogito, ergo sum”), correspondente à mesma identidade permanente de Locke ou às mónadas de Leibniz, existência primária e inicial do indivíduo da qual derivavam as diferentes leis ou formas de sociedade.

Depois do séc. XIX, emerge uma dimensão mais social do indivíduo. Em termos de Teoria Social são significativos os contributos de Karl Marx, ao centrar-se nas relações sociais (como os modos de produção), de Freud ao enfatizar a identidade como um processo que é formado em negociações psíquicas inconscientes na relação com os outros, de Ferdinand de Saussure ao sublinhar que a língua é um sistema social, com premissas convencionadas e regas pré-existentes, de Michel Foucault ao mostrar o poder disciplinar, com as suas técnicas de poder e saber (como a burocratização e a especialização), que controlam e regulam o sujeito(1), bem como o impacto dos movimentos sociais dos anos 60, reflectindo o fim da política de identidade (de classe) e a emergência de uma política de diferença (consoante o género, a raça, a etnia ou a nacionalidade).

Com a industrialização [e o êxodo rural] a sociedade torna-se mais colectiva e complexa. O indivíduo aparece isolado, anónimo, impessoal, exilado e alienado na multidão [Gabriel Tarde], mais definido no seio das grandes estruturas, da grande massa, do Estado-Nação. A Sociologia estuda-o enquanto ser social, participando em relações sociais, mais amplas, localizado em normas colectivas, com reciprocidade entre o “interior” e o “exterior”.

Com estas condições, surge o segundo conceito de identidade: o do sujeito sociológico em que deixa de haver uma essência universal, como no Iluminismo, e o núcleo passa a ser formado na interacção social, entre o eu pessoal, interior, dos sentimentos subjectivos, e o eu público, exterior, dos lugares objectivos ocupados, projectando, por um lado, e internalizando, por outro. Ao ligar o sujeito à estrutura social estabiliza-o, torna-o previsível, embora o processo de identidade, agora definido socialmente, seja mais provisório e variável do que na era pré-moderna.

Ma modernidade, uma das formas mais eficazes de unificação das identidades, de costurar as diferenças numa identidade única, é através da cultura nacional. Ela é o mínimo denominador comum, o ponto de união mas também uma estrutura de exercício de poder. Stuart Hall refere os começos violentos das nações, ao suprimirem pela força as diferenças culturais - línguas, costumes, tradições, etnias, grupos e classes diferenciadas – impondo, hegemonicamente, a uniformização e a colonização, nomeadamente através de uma língua vernácula como meio dominante de comunicação.

A identidade nacional, cultural e política, generalizada é pois o resultado de uma falsa representação, da construção de uma narrativa estratégica, regressiva e imaginada, produzindo sentidos à volta dos mitos fundacionais, da ideia de um povo primordial, original e puro, com ênfase na origem, na intemporalidade, na tradição, na herança, na continuidade, conectando as vidas individuais quotidianas ao destino nacional.

Estas identidades nacionais estão, contudo, em descontinuidade e em ruptura. Depois de homogeneizadas, instituídas e centralizadas, sobrepostas a outras fontes mais particulares, as sociedades modernas, em permanente mudança, rápida, abrangente e profunda, em extensão e em intensidade, com as práticas sociais constantemente reflectidas, examinadas e reformuladas, à luz das informações recebidas, encontram-se cada vez mais descentradas e deslocadas.

Desde o fim do séc.XX que a globalização está a afectar as indústrias culturais nacionais. O processo atravessa fronteiras nacionais, aumentando a integração e acelerando os laços e fluxos entre comunidades cada vez mais interdependentes (ao nível económico e ecológico) tornando - com a compressão do espaço, que se sente encolher, e do tempo, a encurtar-se - o mundo menor e a ideia de sociedade mais (de)limitada.

Com a vida social mais mediada pelo mercado global e pelos “media”, as identidades nacionais tornam-se mais expostas a influências externas, mais abertas ao “bombardeamento” e infiltração cultural. Ao mesmo tempo que se confrontam com diferentes identidades possíveis, desvinculam-se de um tempo e lugar específico, conhecido e familiar, onde as práticas sociais se concretizavam, face-a-face, e onde nascia a raiz da identidade. Este lugar tradicional separa-se do espaço de criação de possibilidades de “identidades partilhadas” entre pessoas muito distantes, em relacionamentos com outros “ausentes”.

Os movimentos sociais dos anos 60 e mais recentemente o caso de Clarence Thomas reflectiram a mudança da política de identidade, baseada na classe, para uma política da diferença, como as feministas, os negros, os liberais ou os ecologistas. Uma pluralidade, multiplicidade, divisão e fragmentação de identidades, que se cruzam, contradizem ou deslocam, nem sempre conciliáveis e ampliadas pelas estruturas simbólicas.

Este pós-moderno global, com uma ênfase no efémero e na diferença a uma escala planetária, abre, enfraquece, torna instável e insegura, apaga, desmorona, desagrega e destrói as identidades nacionais, antes coerentes e inteiras, mas sem as homogeneizar completamente, dado o fascínio pela diferenciação local, a desigual distribuição da globalização e o desequilíbrio de fluxo. A dissolução de fronteiras e barreiras torna o encontro com o “Outro” mais imediato e intenso, a periferia colonizada que continua, mais do que nunca, aberta à influência dos produtos e modos de vida ocidental.

Em resultado da eficácia da mensagem, do fascínio pelo Ocidente, têm ocorrido cada vez mais, continuamente e em larga escala, movimentos de migração para a Europa, com a correspondente formação de “enclaves” minoritários, promovendo a mistura étnica e a multiplicação de culturas. A reacção que provocam, de racismo cultural nos países para os quais emigram, leva-os muitas vezes a recuar às culturas de origem e a reviver o tradicionalismo cultural e a ortodoxia religiosa. Estas minorias ambicionam, como no caso dos separatistas, criar novos Estados-Nação, num momento de dissolução das soberanias nacionais. Uma vontade de retorno à etnia mas agora à volta de comunidades flexíveis e livres de sanção.

Assim, o nacionalismo também permanece para além do retorno à tradição, ao particular, à diferença, e do impulso para a unificação, a universalidade, o comum. Um sinal da variedade de novas identidades surgidas na sequência do aumento da contestação às identidades fechadas, do questionamento da tradição, agora reinterpretada. Trata-se de novas posições de identidade, cujos campos se alargam e se polarizam, oscilando entre a Tradição, a Tradução e a Transição.

A Tradição defende o absolutismo étnico, o retorno às raízes, ao local, à recuperação da pureza, da essência, da unidade e da trans-historiedade anteriores, a restauração do fechamento, da segurança e da coesão. É de carácter exclusivista e tem como exemplos os nacionalismos ocidentais, com os movimentos políticos extremistas, e os fundamentalismos orientais.

A Tradução defende que é difícil voltar à pureza e unidade originais, aceita o plano da história, política, representação e diferença ao qual as identidades estão sujeitas e o desaparecimento pela assimilação ou homogeneização. É a defesa do relativismo étnico, do desapego, do global e universal.

A Transição é a síntese de ambas, entre as quais se suspende. Ao mesmo tempo que retira recursos das tradições culturais é ela própria um produto de cruzamentos culturais cada vez mais comuns. É o hibridismo, de quem emigrou e transporta duas identidades, que negoceia, sem se assimilar por completo mas também sem a ilusão de voltar ao passado. Representa o sincretismo cultural, a fusão entre diferentes culturas, que combina e reúne como, afirmou Salmon Rashdie “(…) uma canção de amor para nossos cruzados eus”(2).

(1) «(…) quanto mais colectiva e organizada a natureza das instituições da modernidade tardia, maior o isolamento, a vigilância e a individualização do sujeito individual», HALL, Stuart – A identidade cultural na pós-modernidade. D&A Ed. pág. p.43. (2) Idem, pág.92.

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Rádiotelefonia de sessenta VIII


Nesta oitava parte, abordamos a propaganda em Ultramar, como a acção psicossocial em Moçambique e na Guiné.

Texto e fotografia Dina Cristo

Em Moçambique, quer o Rádio Clube (RCM), de carácter privado, quer a Voz de Moçambique, estatal, realizavam acção propagandística em prol do regime português. Estas emissoras tinham por objectivo difundir os valores e culturas portuguesas, incutindo a ideia da justiça do domínio português: «Decorrente da própria política do Governo colonial português, o RCM inculcava nos colonos a concepção de que os sistemas de opressão eram livres e os movimentos de libertação nacional eram formados por “terroristas” a “soldo do comunismo”»(1).

O Serviço de Acção Psicossocial, responsável pela “Hora Nativa”, um programa do Rádio Clube de Moçambique, afirmava: “O simples facto de os nossos conselhos e sugestões estarem a ser transmitidos por uma voz autorizada que contacta as pessoas nas suas próprias línguas é, para os mais atrasados, uma garantia de autenticidade, omnisciência e infalibilidade. Tal como aquele que aprendeu o alfabeto acredita na voz que lhe fala, através do ar, na sua própria língua (…)”(2). O objectivo era “procurarmos formas de combater teorias desagregadoras, e a propaganda capciosa vinda do exterior e do interior (…)”(3).

O relatório preliminar do Rádio Clube confirmava, em 1977, o papel do RCM, após o início do conflito armado: «Foi criada a rede dos emissores regionais e surgiram programas dedicados às Forças Armadas Portuguesas e outros que se destinavam a vincular posições colonialistas como as “Notas do Dia” dos noticiários orientados por entidades ligadas à chamada “Acção Psicossocial”»(4).

A Voz de Moçambique, constituída logo após o início da guerra, visava despersonalizar os africanos: “Nesse sentido a Voz de Moçambique foi encarregada da tarefa de combater ideologicamente a FRELIMO para o que era dedicada a parte mais importante da sua programação”(5). Como estratégia para evitar a audição do programa dos movimentos de libertação e outras emissões estrangeiras inimigas, o Governo elevou dez vezes o imposto mínimo sobre os aparelhos de ondas curtas, em Moçambique.

Guiné

Na Guiné, a (contra)propaganda dominava. A Emissora da Guiné Portuguesa promovia as suas ideias de colonização, através da informação sobre inaugurações ou como na emissão de 14 de Junho de 1959, afirmando a positividade nacional: “Dizem que os portugueses vieram aqui para nos dividir. Mas, dividir quem, se não há divisão entre nós? Antes de os portugueses aqui chegarem é que nós estávamos divididos. Noutros pontos de África, as tribos não se entendem umas com as outras. Aqui na Guiné portuguesa há milhentas tribos e todas se entendem umas com as outras, não há guerra entre elas, todas vivem e trabalham em paz. Vê-se bem que essas Emissoras não conhecem a nossa história nem a própria história da sua terra (…)”(6).

Por seu lado, a Rádio Conakry tentava estimular a população negra incentivando-a a libertar-se: “O Português é que dividiu, pega e entrega-te um bilhete de identidade e diz-te: tu és civilizado e aquele é gentio, e tu vás logo tratá-lo por tal, mas ele é teu irmão é como tu é preto como tu e ainda vais fazê-lo sofrer, e acham que isto é bonito? Irmãos da Guiné Portuguesa vocês precisam abrir os olhos, precisam ver o que estão fazendo, nós somos todos a mesma coisa, todos os outros são vossos irmãos, não acredites na colonização portuguesa, pois ela só nos divide, para poderem reinar mais, para reinarem mais tempo, porque se não nos dividirem e nós nos unirmos ela não reinará mais, porque teremos a nossa união e estaremos na mesma “PALAVRA”, mas para que continue a reinar ela vai-nos dividindo, eu vos peço para fazerem uma união, mandinga, fula, balanta, manjaço, papel, todas as raças da Guiné Portuguesa, pretos, devem unir-se. Vocês que dizem sou civilizado, vocês mesmo é que dizem, serem civilizados, então pode-se nascer civilizado, civilizado não há, nós todos somos civilizados, somos todos iguais”.

Ultramar

Num relatório dos anos 60, sobre a rádio e o Império pode verificar-se o desejo de investir na cobertura das colónias: “Dada a actual orgânica, a Emissora Nacional só tem à sua conta as emissões originárias da Metrópole e nesse campo tem vindo a fazer um grande esforço financeiro para aumentar a potência e o número dos seus emissores de ondas curtas, para poder utilizar várias frequências simultâneas e para dotar os seus programas dum serviço de noticiários e de reportagens que permita aos ouvintes ultramarinos estar a par dos grandes acontecimentos do país.

Por outro lado, tem sido cada vez maior o número de programas da Emissora Nacional gravados em bobines e enviados por via aérea para as Províncias Ultramarinas, a fim de alimentarem, com trechos de bom nível que não pode ser atingido ali, os programas das emissões locais. Estas retransmitem-nos e dão assim a conhecer aos radiouvintes ultramarinos, poucos dias depois de ouvidos no continente, as melhores produções metropolitanas”(7).

Em outro relatório de 1966, assinado pelo então presidente da Direcção da EN é especificada a importância estratégica das emissoras ultramarinas. “(…) na guerra psicológica e subversiva que nos é movida, talvez seja mais vantajoso ter menos um avião de combate mas possuir uma boa cobertura radiofónica, a trabalhar de acordo com a acção das forças armadas”(8). O documento terminou abrindo as portas da EN para estágios de especialização “(…) não só nas matérias gerais da programação, como também naquelas matérias mais específicas da propaganda e contra-propaganda que há anos vêm sendo ensaiadas nos nossos programas para o estrangeiro em diversas línguas”(9).

(1) “Relatório Preliminar da Rádio Moçambique”, pág.1. (2) “Província de Moçambique”. Lourenço Marques, Março 1962, citado em “O fim de uma era: o colonialismo português em África, pág.199. (3) Idem, ibidem. (4) Op.Cit, pág. 1. (5) Idem, pág.2. (6) AOS/CO/UL – 35 pasta 2 14/06/1959. (7) AOS/COPC 81 B (8) AOS/CO/PC 26, pág.13. (9) AOS/CO/PC 26, pág.17.

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vida (des)confortável



No início de um ano, de há muito assinalado como um marco nas transformações globais, lembramos os conselhos de Spencer Johnson sobre como superar a inércia. O desafio de liberar os velhos padrões de percepção e acção e não só conseguir gerir como liderar a mudança contado através de dois personagens principais.

Texto Dina Cristo

Uns resistem, outros adaptam-se. São estas as duas principais reacções à mudança. Os Pigarros, por pressupostos negativos de que a transformação piorará a situação, os Gaguinhos, pelo pensamento positivo de que as alterações os irão beneficiar. Uns focam-se na perda do que até ali era estável, familiar e funcional, outros no ganho de novas oportunidades, experiências e aprendizagens.

Os Pigarros, com medo do desconhecido, mantêm-se instalados, mas assustados, no mesmo lugar. Ignoram ou negam a situação esperando que as coisas mudem e tudo volte a ser como até ali, seguro e confortável. Analisam exageradamente a falta de “queijo” - aquilo de que se necessita ou deseja - e paralisam. Revoltam-se e exigem que se reponha a justiça, que a situação anterior se restabeleça. Apegados ao passado, lamentam-se, deprimem-se e enfraquecem e, nervosos, desvitalizam-se.

Os pensamentos negativos de preocupação, de que voltar ao labirinto - o local onde se procura satisfazer as necessidades - é perigoso, de que pode perder-se e não conseguir encontrar outros “queijos”, aumentam o seu conservadorismo, insegurança e indecisão. Irritado, Pigarro rejeita até provar novo alimento, mesmo que lhe é oferecido. Permanece triste e é cada vez mais ultrapassado. O medo de ter de continuar sozinho só precipita precisamente o isolamento e a solidão.

Ultrapassagem Os Gaguinhos, mais atentos, reconhecem, aceitam, enfrentam e adaptam-se à situação, de forma mais rápida. Mais optimistas, pensam de forma positiva, acreditam que irão encontrar novos e melhores queijos e, mais flexíveis, preparam-se para os procurar. Imaginarem-se a deliciar-se com o novo alimento estimula-os a lançarem-se na aventura de o perseguir e dá-lhes coragem para prosseguir na sua perseguição, apesar da dor de deixar para trás os Pigarros. As suas investidas não só os fortalecem como os entusiasma, mesmo antes da gratificação dos seus desejos: «Por que razão me sinto tão bem? (…) Não tenho Queijo, nem sei para onde vou»(1).

A própria decisão, e depois a mudança em si, trouxe-lhe bem-estar, auto-estima e confiança. A volta ao labirinto tornou-se menos desconfortável e até mais agradável e divertida do que previra. A própria atitude de abertura - à descoberta, à experimentação e à aprendizagem - para além da própria sensação de liberdade, conduziu a um efectivo progresso, melhoramento e desenvolvimento. A concentração nos benefícios e oportunidades do confronto com a novidade tornou o que antes parecia um malefício e uma perda num real ganho.

Com desapego em relação ao passado e confiança no futuro, a mudança torna-se desafiante. O inicial desconsolo provocado pelas alterações traduz-se num regozijo, a instabilidade passa a ser vivida como renovação e as modificações a ser encaradas como um reinício. A mudança é enfrentada como um acontecimento natural e um processo transformador, fonte de comportamentos inovadores. O queijo deixa de ser visto como um direito adquirido, mas algo que, mais tarde ou mais cedo, será certamente deslocado.

O melhor será ficar atento aos sinais disfuncionais e preparar-se, para evitar voltar a permanecer num beco sem saída ou ser surpreendido por novas mexidas. Rir-se de si próprio e dos erros cometidos será um bom recomeço, mas o factor fundamental é ter “vontade própria”, como bem demonstra a história, publicada em 1998, da qual também fazem parte os ratos Fungadela, que sente o cheiro a mudança à distância, e o Correria, que corre imediatamente à procura de uma nova oportunidade.

(1) JOHNSON, Spencer - Quem mexeu no meu queijo? Como lidar com a mudança no seu trabalho e na sua vida. Gestão Plus. 2ª ed., 2010, pág. 49.

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Diz-me como pensas...



Encetamos o ano, com um texto, escrito em 2007, sobre a importância do modo como se pensa sobre a realidade.


Texto Isabel Mota

Louise L. Hay defende que o pensamento positivo tem um efeito quase directo sobre a realidade que vivemos. As nossas experiências não passarão, assim, de um reflexo da qualidade dos nossos pensamentos, crenças e valores. Tudo à nossa volta é nada menos que um espelho do que se passa no nosso interior.

Segundo Louise Hay está em nós tudo aquilo de que precisamos e procuramos, nomeadamente o poder, o amor, a sabedoria e a capacidade, para mudar, decidir e escolher. Por um lado, reconhecer os pensamentos negativos, destrutivos (como a crítica, a lamentação, condenação ou auto-punição) desvalorizando-os e libertando-nos deles, por outro, aceitar focar-nos em pensamentos construtivos, sentimentos positivos (de auto-estima, alegria, paz, beleza, compreensão, liberdade, tempo, cura e abundância) e experiências felizes, dando-lhes importância.

Para a autora há que aceitar, sem reservas, condições ou expectativas, tudo o que é, a vivência plena do presente - o que nos satisfará e curará. Há que nos amarmos a nós próprios, incluindo o nosso corpo, aparência, experiências, sexualidade, erros, família, passado e presente. Há que sermos os nossos melhores amigos: a pessoa que mais nos apoia, faz mais e melhor companhia, mais disponível está, mais confiança tem em nós, nos elogia, estima e valoriza.

Algumas das afirmações recomendadas são: “eu posso…”, “eu consigo…”, “eu mereço…”, “eu aceito…”, “é fácil…”. Desta forma, passaremos de vítimas a vencedores, assumindo a responsabilidade pela nossa vida já que, como defende a autora, os nossos pensamentos criam as experiências de vida (futura), pois materializamos aquilo em que acreditamos. Por isso aconselha, “não diga nada que não queira que se torne uma realidade para si”.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Presépios


Na semana em que se comemora o Dia dos Reis Magos - Belchior, Baltasar e Gaspar - publicamos sete das dezenas de representações da natividade expostas no Stella Maris, em 2010, organizadas pela pastoral da Fraternidade da Paróquia de Peniche.
Selecção e fotografia Dina Cristo


 
 




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