Texto e desenho Dina Cristo
Do ponto de vista da Ciência Antiga, o devir humano tem-se processado ao longo de éons por dezenas e dezenas de milhões de anos. Primeiro como raça Polar, numa Era Primordial e Primitiva, em que se desenvolveu a audição e em que a reprodução se efectuava por cissiparidade - divisão celular em duas partes sensivelmente iguais. Nessa altura, há cerca de 320 milhões de anos, a Humanidade vivia na Ilha Branca e era luz astral, invisível, portanto.
Na segunda raça, a Hiperbórea, na Era Primária, os Humanos viviam na zona do actual pólo norte e Gronelândia, onde desenvolveram o tacto. Com um corpo de carácter vital, sem ossos, mas com vários braços, reproduziam-se por esporulação, através dos esporos. Foi há cerca de 150 milhões de anos.
Há cerca de 45 milhões de anos, na Era Secundária, surge a terceira raça, a Lemuriana, andrógina e azulada. Sensivelmente a meio deste período de desenvolvimento, a Humanidade, em involução e queda na matéria, densifica-se – torna-se de barro. São os lendários Ciclopes, ovíparos, que se reproduziam através de ovos, gigantes (como os seres coevos) com um olho, na testa, depois três (triopis), e que viviam na Pangeia (a Terra inteira), nos actuais oceanos e Austrália, onde desenvolveram a visão.
Na mesma altura, há cerca de 23 milhões de anos, quando se dá a divisão sexual, entre homem e mulher, estes recebem o fogo de Prometeu, o princípio mental, a árvore do conhecimento, a Luz, representada pelo Arcanjo S. Miguel, que lhes permitirá, doravante, estabelecer a ligação entre o quaternário inferior e a Tríade Superior e, assim, tornarem-se aptos a escolher entre o bem e o mal.
Os Lemurianos correspondem a uma época de expressão dourada, através da comunicação por telepatia, que mantiveram por muito tempo e será com eles que surgirá também a manifestação sonora. Falam inicialmente uma espécie de canto que dará origem à língua monossilábica em que os étimos são construídos com base numa consoante a que é acrescentada uma vogal, a emanação do poder septuado do verbo, a alma do som. Embora haja duas ocultas, há sete vogais, presentes aliás sobre a cabeça da serpente redentora dos gnósticos, Muladhara.
Os próximos estados de desenvolvimento humano são marcados pela elocução de diversas sílabas. É o caso de TAU na quarta raça, Atlante, a primeira totalmente física e objectiva, onde a linguagem se tornou aglutinante, casos do chinês ou japonês, em que os radicais se aglomeram, sem se fundirem completamente, para formarem termos compostos, que exprimem diferentes relações.
Os Atlantes, de cor amarela e vermelha, apareceram há cerca de nove milhões de anos, na Era Terciária, na Atlântida. Tinham cerca de um metro e sessenta ou setenta centímetros (diferentes dos Lemurianos, com cerca de oito metros e meio), desenvolveram o gosto e desdobraram-se em sete sub-raças: Ramohal, Tlavatli, Tolteca, Turariana, Semita original, Acadiana e Mongólica. Centrados no plano emocional (pensavam com o estômago) foram destruídos pela água, no dilúvio de Noé.
Destino Humano
A quinta raça, Ariana, branca e morena, Indo-europeia, surgiu no actual Deserto de Gobi há cerca de um milhão e 50 mil anos, na Era Quaternária. O sânscrito, síntese do conhecimento da raça anterior, é a sua língua flexiva original, da qual derivaram todas as antigas, como o grego, hebraico e latim, e (quase) todas as línguas modernas. O AUM, símbolo da Trindade na Unidade (Criação, Preservação e Conclusão), que deu origem ao OM, é a sua nota-chave, o som contínuo e sustentador do Universo.
Esta presente raça desenvolveu, até agora, a sub-raça Hindu, Árabe, Iraniana, Céltica e a Teutónica (actual). A próxima sexta-sub-raça, a Americana, matriz da próxima sexta-raça-raiz, manifestar-se-á daqui a cerca de sete mil anos, de acordo com Humberto Álvares da Costa, teósofo português. Focados no plano mental inferior, os Arianos, serão dissolvidos pelo fogo, através do vulcanismo, dentro de cerca de 427 mil anos, após o surgimento da sétima-sub-raça.
A sua sabedoria será sintetizada pelo SUM, o som da próxima raça, cinzenta, ancorada no plano Mental Superior. Esta ampliará a união com o quaternário inferior e aprofundará, pela activação do antakharana, o sexto sentido, a Intuição. Este “Homo Pan/Holo Sapiens”, facilitado pelo vegetarianismo, recuperará a Memória e, em ascensão, falará em uníssono: «Quando o tempo da madurez e da colheita surge, o Homem saberá entender todas as vozes (“linguagens”) do Universo e nenhuma encerrará segredos para ele».
Quer a evolução (condensação física) quer a involução (subtilização metafísica) do SerHumano se tem processado numa matriz septenária na qual se encontra, relembramos, na quinta sub-raça, a Teuto-Anglo-Saxónica, da quinta raça-raiz, a Ariana, no âmbito do quarto período global, ou globo terrestre, na respectiva quarta ronda da quarta cadeia do primeiro esquema de um entre milhões de outros sistemas solares.
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