Elementais
Publicamos neste dia (das fogueiras) de S. João um texto sobre a importância dos Espíritos da Natureza; para além do fogo, a água, a terra e o ar.
«O nosso mundo já toca o das fadas em alguns pontos. Muitas pessoas sentem em maior ou menor grau o espírito de um bosque ou a grandiosidade de uma montanha, mas atribuem isso, na maioria das vezes, a estranhas visões, sons e sensações. No entanto, essa sensação procede com frequência do mundo mágico que o habita. Poetas como A.E., James Stevens, Yeats, Tennyson e Shakespeare(1), enriqueceram o nosso conhecimento e sentimento sobre o mundo das fadas. Há uma enorme quantidade de pessoas, mais do que se supõe, que estão em intima comunhão com fadas e anjos. A brecha entre os dois grupos de seres, as fadas e os homens, não é tão grande quanto o imagina a nossa ignorância. Se ao menos pudéssemos entender que vivemos num mundo coalhado de fadas, de anjos e de toda a espécie de seres, isso fazia uma enorme diferença na nossa atitude e em nosso modo de viver. A simples crença de que tal mundo existe deveria deliciar-nos; seu conhecimento e certeza seriam, sem dúvida, uma consequência disso. Nós mesmos nos tornaríamos muito mais alegres, pois é impossível entrar em contacto com esse mundo que palpita de alegria sem deixar de adoptar o mesmo espírito, que desperta nossa energia criativa.»(2) Dora van Gelder
Talvez por ignorância, talvez por preconceito, talvez por falta de informação, talvez porque vivemos numa sociedade materialista ou, talvez ainda, pela súmula de todas estas razões – os espíritos da natureza são esquecidos.
A tradição, o povo, nunca os esqueceu e a sua memória e o seu culto ficaram gravados nos contos populares e de fadas. Todos nós estamos lembrados do papel das fadas no drama da Bela Adormecida ou, dos anões, na história da Branca de Neve. Quantas histórias de fadas e duendes nos encantaram na nossa infância. Agora, adultos, vemo-los como contos fictícios, como produtos da riqueza da imaginação popular, contudo, por trás deles, existe uma realidade que os fundamenta e sustenta – os Espíritos da Natureza.
Estes seres não são criaturas materiais, densas, físicas, estão mais próximos dos anjos do que de nós, humanos. A substância dos seus corpos é denominada na Teosofia Moderna como etérica: uma matéria mais subtil do que os gases mais finos. Daí a dificuldade em observá-los; não obstante, muitos são os testemunhos daqueles que, numa determinada altura, divisaram estes seres.
Os Alquimistas da Idade Média classificaram os Espíritos da Natureza (ou Elementais Naturais) em quatro grandes grupos conforme o elemento em que se expressavam: Os espíritos das águas ou ondinas; os espíritos da terra ou gnomos; os espíritos do fogo ou salamandras; e os espíritos do ar ou silfos.
Os elementais têm, como já dissemos, uma função importantíssima na Natureza. O seu trabalho está associado à propagação e crescimento dos seres vivos. Eles, dirigidos superiormente pelas Hierarquias Criadoras (Anjos, Arcanjos …), encontram-se por trás dos processos vitais e da evolução da vida natural; eles e as Hierarquias Criadoras corporificam a Inteligência que está por trás da vida. Nada acontece por acaso, a natureza é inteligente e caminha para um Propósito Supremo.
É a nossa cultura materialista, que de uma forma supersticiosa e ignorante, retira dos processos naturais a sua componente espiritual e a sua dimensão divina – à revelia dos Ensinamentos dos Grandes Mestres e Instrutores Espirituais, de todas as épocas e latitudes.
Contudo, nestes tempos dramáticos de crise e suicídio ambiental, torna-se vital voltar a entrar em contacto e a colaborar com as Hierarquias Criadoras de modo que, em conjunto com elas, possamos ultrapassar esta fase crítica da história da vida no nosso Planeta – a nossa casa comum.
Paz… a todas as criaturas.
[1] E também o nosso poeta maior, Camões. Nos Lusíadas por exemplo, várias vezes invoca e refere os espíritos da natureza. As ninfas, as tágides, e as nereidas aparecem em inúmeros episódios no texto. Todos estamos recordados do papel das ninfas na Ilha dos Amores ou, das nereidas, na salvação da armada do Gama da cilada do duro e esperto mouro.
[2] «O Mundo Real das Fadas». 21. Editora Pensamento. São Paulo
Talvez por ignorância, talvez por preconceito, talvez por falta de informação, talvez porque vivemos numa sociedade materialista ou, talvez ainda, pela súmula de todas estas razões – os espíritos da natureza são esquecidos.
A tradição, o povo, nunca os esqueceu e a sua memória e o seu culto ficaram gravados nos contos populares e de fadas. Todos nós estamos lembrados do papel das fadas no drama da Bela Adormecida ou, dos anões, na história da Branca de Neve. Quantas histórias de fadas e duendes nos encantaram na nossa infância. Agora, adultos, vemo-los como contos fictícios, como produtos da riqueza da imaginação popular, contudo, por trás deles, existe uma realidade que os fundamenta e sustenta – os Espíritos da Natureza.
Estes seres não são criaturas materiais, densas, físicas, estão mais próximos dos anjos do que de nós, humanos. A substância dos seus corpos é denominada na Teosofia Moderna como etérica: uma matéria mais subtil do que os gases mais finos. Daí a dificuldade em observá-los; não obstante, muitos são os testemunhos daqueles que, numa determinada altura, divisaram estes seres.
Os Alquimistas da Idade Média classificaram os Espíritos da Natureza (ou Elementais Naturais) em quatro grandes grupos conforme o elemento em que se expressavam: Os espíritos das águas ou ondinas; os espíritos da terra ou gnomos; os espíritos do fogo ou salamandras; e os espíritos do ar ou silfos.
Os elementais têm, como já dissemos, uma função importantíssima na Natureza. O seu trabalho está associado à propagação e crescimento dos seres vivos. Eles, dirigidos superiormente pelas Hierarquias Criadoras (Anjos, Arcanjos …), encontram-se por trás dos processos vitais e da evolução da vida natural; eles e as Hierarquias Criadoras corporificam a Inteligência que está por trás da vida. Nada acontece por acaso, a natureza é inteligente e caminha para um Propósito Supremo.
É a nossa cultura materialista, que de uma forma supersticiosa e ignorante, retira dos processos naturais a sua componente espiritual e a sua dimensão divina – à revelia dos Ensinamentos dos Grandes Mestres e Instrutores Espirituais, de todas as épocas e latitudes.
Contudo, nestes tempos dramáticos de crise e suicídio ambiental, torna-se vital voltar a entrar em contacto e a colaborar com as Hierarquias Criadoras de modo que, em conjunto com elas, possamos ultrapassar esta fase crítica da história da vida no nosso Planeta – a nossa casa comum.
Paz… a todas as criaturas.
Etiquetas: Ambiente, Elementais, João Gomes