quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Aprovo-te



 Antes do Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento, amanhã, relemos um livro sobre a corrida pela aprovação dos outros. A procura excessiva de reconhecimento como atitude destrutiva, resultado de pensamentos negativos que apenas perduram pelas falsas vantagens imediatas.


Texto Dina Cristo

 

Há uma forma disfuncional de pensamento: o negativo, destrutivo, que paralisa, deprime, conduz à apatia, à insegurança, à confusão, à dor, à irresponsabilidade e à infelicidade. Manifesta-se em atitudes como dependência, submissão às convenções, procura de aprovação externa e de justiça, prisão em relação ao passado, procrastinação, culpa, preocupação e fuga em relação ao desconhecido.

Apesar de inúteis e ineficazes, estes “pensamentos-sentimentos-comportamentos” persistem pelas recompensas que trazem: (auto)desculpa, (auto)compaixão, culpa e atenção dos outros, inércia e passividade; evitam o risco da (incerteza da) mudança (e do esforço para melhorar), o (auto)confronto, a responsabilização, designadamente de pensar por si próprio - permitem retornar à segurança infantil. São sobretudo uma fuga, nomeadamente ao presente.

Tais atitudes podem ser evitadas ao decidir ser quem se é, centrar no presente e no interior, encetar novas experiências e fazer o que se gosta. O melhor é adoptar um pensamento positivo, construtivo, que flua com a acção, auto-realização (tornando real o seu potencial), esforço, alegria, responsabilidade, auto-confiança, lucidez, humor e vontade de viver; implica uma liberdade de escolha e a aceitação do aqui e agora.

Uma pessoa saudável aceita e ama-se a si própria e à vida, é natural, simples, franca, discreta, enérgica, profunda, auto-disciplinada, determinada, activa, realizada, independente, dona de si própria, despreocupada, ocupada em ser e em crescer, criativa e entusiasmada; não se lamenta, defende, zanga, impõe, bisbilhoteia, tem ídolos ou teme a má impressão junto dos outros. O indivíduo funcional valoriza a liberdade e a privacidade, sabe estar só como rir, falar, expor os seus pontos de vista, escutar ou ajudar os outros; sabe resolver os seus próprios problemas e procurar a felicidade dentro de si.

Etiquetas: , ,