Retribalizar
Cinquenta anos depois da publicação, pela primeira vez, de uma das obras mais importantes de Marshall McLhuhan, revemo-la, antes da celebração de mais de 80 anos do nascimento do autor.
Selecção Dina Cristo
«Para ter êxito comercial, um livro não pode arriscar mais do que dez por cento de novidade», pág.12
«Se o século XIX foi o tempo da
cadeira do editorialista, o nosso [XX] é o século do divã do psiquiatra»,
pág.13
«Todas as culturas e tempos
possuem um modelo preferido de percepção e de conhecimento, que procuram impor
a tudo e a todos», pág.13
«A situação de abandono escolar
nas nossas escolas ainda agora começou», pág.16
«O estudante de hoje vive de forma mítica e profunda», pág.
17
«(…) os homens nunca têm
consciência das regras fundamentais da sua cultura (…)», pág.18
«(…) a compreensão paralisa a
acção (…)», pág. 29
«(…) o ser humano transforma-se
naquilo que contempla.», pág. 32
«Nós, por nossa parte, detectamosa vanguarda no frio e no primitivo (…)», pág.40
«(…) uma situação de alto
desenvolvimento oferece, por definição, baixos índices de participação (…)»,
pág.41
«O consumidor passivo deseja
embalagens (…)», pág. 44
«À medida que começamos a reagir
em profundidade à vida (…) tornamo-nos reaccionários», pág.48
«O jovem Narciso tomou o seu reflexo na água por outra pessoa», pág.55
«O jovem Narciso tomou o seu reflexo na água por outra pessoa», pág.55
«A auto-amputação impede o
auto-reconhecimento», pág.56
«Na era da electricidade, nós
usamos como nossa pele toda a humanidade», pág. 61
«Assim como a imprensa clamava
pelo nacionalismo também a rádio clama pelo tribalismo», pág.63
«Nós podemos, se quisermos,
planear as coisas antes de as criarmos», pág. 64
«(…) os meios linguísticos
modelam o desenvolvimento social tanto
quanto os meios de produção», pág.64
«Hoje em dia possuímos
anestésicos que nos permitem executar as mais aterradoras intervenções
físicas», pág. 79
«O efeito da rádio é visual
(..)», pág. 79
«(…) o contra-irritante costuma
revelar-se mais incómodo do que o irritante inicial (..)», pág.81
«(…) a força de vontade é tão
útil para a sobrevivência como ainteligência», pág. 84
«A consciência não é um processo
verbal», pá.98
«(…) cada ideograma é investido
de uma intuição total do ser e da razão», pág.98
«(…) a mais banal das comodidades
implica profundas mudanças culturais», pág. 100
«(..) em todos os sistemas há um
ponto a partir do qual a aceleração redunda em ruptura e colapso», pág. 104
«(…) o número é a essência
de todas as coisas perceptíveis aos sentidos», pá. 124
«(…) o número contém todo o
sentimento do mundo de uma alma apaixonadamente devotada ao “aqui” e ao“agora”», pág. 124
«A tecnologia da imprensa
converteu o zero medieval no infinito renascentista», pág. 127
«(…) todos os meios são extensões
do nosso corpo e dos nossos sentidos», pág.128
«Agindo como um órgão do cosmos,
o homem tribal aceita as suas funções corporais como formas de participação na
energia divina», pág. 135
«(…) a luz é um sistema de
comunicação autónomo no qual o meio é a mensagem», pág.140
«Hoje em dia, na era da
electrónica, o homem mais rico está reduzido a ter o mesmo tipo de diversões, e
até o mesmo tipo de alimento e de veículos, que o homem comum.», pág. 145
«Uma actividade que envolva todo
o ser do homem, não é trabalho», pág.149
«(…) a era mecânica é um
interlúdio entre dois grandes períodos orgânicos de cultura», pág. 161
«A alfabetização é em si mesma
uma forma de ascetismo abstracto (…)», pág. 162
«O visual dessacraliza o universo
e origina “o homem não-religioso das sociedades modernas”», pág. 165
«O ouvido é hipersensível. O olho
é frio e distanciado.», pág.165
«(…) o grande preceito da
bibliografia: “quanto mais houve, menos há”», pág.169
«(…) o homem integral mostra-se
sempre muito inepto numa situação de especialização», pág. 176
«(…) a imprensa desafiou os
padrões corporativos da organização medieval tanto como a electricidade desafia
agora o nosso individualismo fragmentado», pág.184
«Não existe ceteris paribus no mundo dos meios e da tecnologia», pág. 191
«Idealmente, a educação é uma forma de protecção colectiva contra as consequências negativas dos meios de comunicação», pág.201
«Idealmente, a educação é uma forma de protecção colectiva contra as consequências negativas dos meios de comunicação», pág.201
«Hoje em dia, o viajante
tornou-se passivo», pág.204
«Todos os meios existem para
investir as nossas vidas com percepções artificiais e valores arbitrários»,
pág.205
«A antecipação dá-nos o poder de
desviar o rumo e controlar a força», pág. 205
«Ocorrem menos crimes quando não
existem jornais para os divulgar», pág. 211
«(…) no nosso mundo eléctrico, a
informação é claramente o negócio principal e a maior fonte de riqueza»,
pág.212
«(…) a introdução duma nova
tecnologia altera não apenas a imagem, mas o próprio quadro», pág.224
«O carro tornou-se na carapaça, a
concha agressiva e protectora, do homem urbano e suburbano», pág.230
«Os anúncios elevam o princípio
do ruído ao patamar da persuasão», pág.232
«Os recalcitrantes são os (…) melhores
aclamadores e impulsionadores», pág.235
«Quando as culturas mudam, os jogos mudam também», pág.244
«Levar mortalmente a sério as
coisas mundanas é sempre indício de uma lamentável falta de reflexão», pág.248
«Vivemos hoje na Era da
Informação e da Comunicação porque os meios eléctricos criam instantânea e
permanentemente um campo total de acontecimentos em interacção nos quais toda a
humanidade participa», pág.253
«(…) a nossa co-presença em toda
a parte ao mesmo tempo é uma experiência mais passiva do que activa», pág.253
«A electricidade confere aos
fracos e aos sofredores uma poderosa voz, ao mesmo tempo que afasta a
especialização burocrática», pág.258
«Um pouco por toda a parte, o
orgânico tem vindo a suplantar o mecânico», pág.260
«A aceleração é uma fórmula para
a dissolução e colapso de qualquer organização», pág.260
«(…) a máquina de escrever
representa uma fusão da pena e da espada», pág.264
«(…) as guerras posicionais
acabaram», pág.269
«Numa estrutura eléctrica não
existem margens», pág. 278
«O homem como recolector de
alimentos reaparece incongruentemente como recolector de informação», pág.288
«Há imensa subtileza e sinestesia
na arte primitiva(…)», pág.292
«(…) qualquer tarefa
especializada dispensa a maioria das nossas faculdades», pág.294
«(…) o sucesso é não apenas
perverso mas também o caminho mais seguro para a infelicidade», pág.298
«Se a televisão já existisse em
larga escala no tempo de Hitler, este teria desaparecido num instante», pág.302
«A rádio propiciou a primeira
experiência massiva de implosão electrónica (…)», pág.303
«A ênfase na literacia é um sinal
distintivo das regiões que se esforçam por iniciar esse processo de
estandardização (…)», pág.304
«(…) os efeitos da rádio são em
grande medida independentes da sua programação», pág.308
«Toda a gente vivencia muito mais do que compreende», pág.321
«Se o meio é de alta definição, a participação é baixa», pág.321
«Toda a gente vivencia muito mais do que compreende», pág.321
«Se o meio é de alta definição, a participação é baixa», pág.321
«A televisão é um meio que tem
mais que ver com a reacção do que com a acção», pág.322
«O movimento ecuménico é sinónimo de tecnologia eléctrica», pág.323
«A América europeíza-se hoje tão rapidamente quanto a Europa se americaniza», pág.324
«(...) numa terra de cegos, quem tem um olho não é rei; pelo contrário é encarado como um lunático alucinado», pág.335
«De dia para dia, a pena torna-se mais forte do que a espada», pág.341
«(...) há uma relação entre a educação e a pontaria», pág.344
«O movimento ecuménico é sinónimo de tecnologia eléctrica», pág.323
«A América europeíza-se hoje tão rapidamente quanto a Europa se americaniza», pág.324
«(...) numa terra de cegos, quem tem um olho não é rei; pelo contrário é encarado como um lunático alucinado», pág.335
«De dia para dia, a pena torna-se mais forte do que a espada», pág.341
«(...) há uma relação entre a educação e a pontaria», pág.344
«Com a tecnologia eléctrica
instantânea, o globo nunca será maior do que uma aldeia», pág.346
«Qualquer matéria, se estudada em profundidade, relaciona-se imediatamente com todas as outras», pág.350
«(...) descobrir o desconhecido no conhecido - tão necessário para a compreensão da vida das formas», pág.355.
«Qualquer matéria, se estudada em profundidade, relaciona-se imediatamente com todas as outras», pág.350
«(...) descobrir o desconhecido no conhecido - tão necessário para a compreensão da vida das formas», pág.355.
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