quarta-feira, 5 de junho de 2013

Algas


No Dia Mundial do Ambiente e antes do Dia Mundial dos Oceanos falamos das verduras marinhas, neste que é o melhor período para as recolher, entre o fim da Primavera e o início do Verão.

Texto Dina Cristo


Portugal tem 800 km de costa e 400 espécies diferentes de algas visíveis, com valor alimentar, nutritivo e medicinal, usadas em território nacional desde pelo menos o séc. XIV. Os mais velhos são ainda testemunhas da apanha do sargaço destinado à indústria farmacêutica. Mais actualmente as algas são estudadas, em laboratórios. Em Coimbra temos a Algoteca e existem, além da investigação, algumas publicações como o “Guia ilustrado das Macroalgas” de Leonel Pereira. Fotossintéticas, podem também ser usadas como fertilizantes ou rações, na talassoterapia ou produção do biodiesel ou em aquacultura.
Mas verduras marinhas são sobretudo uma fonte alimentar e medicinal. Possuem macrooligoelementos, como cálcio, enxofre, fósforo, magnésio, potássio, sódio, e micro-oligoelementos, tais como cobalto, cobre, ferro, iodo, manganésio, selénio, silício ou zinco. As mais conhecidas são a Agar-Agar, Dulse, Esparguete do Mar, Fucus, Musgo da Irlanda, Nori, Kombu e Wakame. Normalmente desidratam-se, umas comem-se cruas, em saladas, outras podem ser assadas, guisadas e até fritas, como condimento ou guarnição, por exemplo. Devem-se ingerir em pequenas quantidades, como um princípio homeopático, e podem ser usadas na dieta da cor, dada a sua variedade azul, vermelha, castanha ou verde.
Do ponto de vista terapêutico estes vegetais marinhos são anti-cancerígeno, anti-celulíticos, anti-coagulantes, anti-inflamatórios, anti-microbianos, anti-oxidantes, anti-sépticos, anti-tumorais e anti-virais. Entre os seus benefícios está o reforço das defesas, activação das glândulas endócrinas, manutenção do PH equilibrado, capacidade de neutralizar os radicais livres, prevenção da absorção de elementos poluentes radioactivos e formação de cálculos biliares ou redução do excesso de colesterol e triglicéridos. Há algas indicadas para, entre outras, o cabelo, as constipações, o estômago, a hipertensão, os olhos ou a tosse.

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