Dedos à mão
Vinte anos depois, recordamos o poema (também com música) de Carlos Paião, “Canção dos Cinco Dedos”.
Fotografia Dina Cristo
São cinco dedos,
Cada qual com seus segredos,
Lado a lado, lado a lado.
Do teimoso polegar,
Que dá dedadas, a agarrar,
Ao mais fininho – o mindinho.
Cinco dedos
São cinco bons brinquedos
Em sincronização.
Um por um aqui estão,
Resguardados no dedal da nossa mão.
O dedo médio
Fica ao meio, que remédio,
É sina sua, capicua…
O altivo indicador
Aponta o bem, indica a dor.
E o anelar dá jeito a quem noivar.
Polegando,
Palmo a palmo palmilhando,
Como um circo em construção.
Um por um aqui estão.
São diferentes, mas, unidos, dão a mão.
E assim como a cinco, sinto os dedos musicais.
E os meus cinco sentidos, em crescendo, já são mais
Cinco dedos sincopados sustenizam num bemol,
Dó ré mi fá sol lá cinco, simples como o sol
E brinco com afinco,
Queria ser um girassol …
(Até para ser dedo é preciso ter unhas …)
São cinco dedos,
São delícias, são enredos
Dedicados, dedilhados …
E, num dédalo de dedos,
Deduzimos a lição:
São amigos que nós temos mesmo à mão!
Sempre à mão …
Etiquetas: Dedos à mão, Dina Cristo, Poesia
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