quarta-feira, 17 de junho de 2009

"O Figueirense" faz 90 anos


Quase um ano depois de publicarmos um levantamento, realizado há cinco, das três primeiras fases de “O Figueirense” (1863-1919), concluíamo-lo agora que se comemoram 90 anos da última série deste jornal da Figueira da Foz.

Texto Luís Manuel Martins*

O primeiro número da quarta série do jornal “O Figueirense” publicou-se em 19 de Junho de 1919. Os seus fundadores foram o Dr. José Maria Cardoso, antigo advogado na Figueira da Foz, e José da Silva Fonseca, que assumiram os cargos de directores, juntamente com Joaquim Gomes de Almeida, o editor. Foi composto na Tipografia Peninsular de J. Gomes de Almeida e impresso na Tipografia Popular de Manuel Jorge Cruz, entre o período inaugural desta última série e o mês de Janeiro de 1920. A partir desta data passaria a ser publicado em exclusivo pela Tipografia Peninsular.
O jornal “O Figueirense”, que adoptara um formato in-fólio, com quatro páginas de seis colunas cada, manteve a sua periodicidade semanal até ao número 40, de 18 de Março de 1920. A partir do número 41 passou a ser bi-semanário, publicando-se às quintas-feiras e domingos e mantendo as mesmas características. Porém, chegaram a ser publicadas algumas edições de duas páginas apenas, devido à carestia do papel de impressão.
A ideologia dos seus fundadores era de tendência republicana. Por sua influência o jornal seguiu a nova orientação política, subjacente à fusão do Partido Evolucionista, chefiado pelo ex-presidente da República, Dr. António José de Almeida, com a União Republicana, que viria a dar origem ao Partido Liberal. Uma vez fundidos os Liberais com os Reconstituintes, o jornal foi acompanhando o Partido Nacionalista, no flanco direito da política republicana.
Em 25 de Março de 1920, “O Figueirense” passa a ter um novo proprietário e editor – o Dr. José Cardoso. Na véspera do São João desse ano, dia 23 de Junho, foi impresso uma edição especial do Jornal com seis páginas, o número 67, de carácter noticioso e literário, que foi ilustrado por António Piedade.
O dia 3 de Fevereiro de 1921 marcou a chegada de um novo director ao jornal “O Figueirense” – o Dr. Pedro António de Almeida, notário na Freguesia do Paião (Figueira da Foz) e o regresso de Joaquim Gomes de Almeida, desta vez aos cargos de redactor e administrador. O Dr. José Maria Cardoso mantinha-se como proprietário, embora deixasse de ter influência na sua linha editorial e deixando o cargo, em 23 de Fevereiro de 1922. Desta forma, Joaquim Gomes de Almeida, concentrou em si os cargos de proprietário, redactor e administrador deste periódico, ao passo que o Dr. Pedro António de Almeida, continuaria a assumir a direcção deste periódico figueirense.
O Dr. Pedro António de Almeida viria a abandonar a direcção do jornal em 1 de Fevereiro de 1923, quando já se havia publicado o número 314. Joaquim Gomes de Almeida reunira agora todos os cargos do jornal.
Ao longo dos anos de publicação, dando continuidade à ideologia patente no espírito de fundação desta quarta série, o jornal “O Figueirense” mostrou nas suas páginas os retratos de figuras proeminentes da vida política nacional, apoiantes da causa republicana, tais como Guerra Junqueiro, António José de Almeida, Canavarro de Valadares, José Cardoso, Raimundo Esteves, Manuel Teixeira Gomes, Ginestal Machado e Francisco Martins Cardoso, entre outros.
No período histórico que decorre entre o ano de 1919, aquando da fundação da quarta série, e o ano de 1926, no que é possível observar no livro "Jornalismo Figueirense", de Cardoso Martha, o jornal “O Figueirense” teve ao seu serviço alguns dos melhores colaboradores figueirenses. Dando alguns exemplos, dentro das várias áreas, temos D. Amélia Brás, D. Maria Feio, Raimundo Esteves, Ernesto Tomé, António Ruas, Tenente Fernandes de Carvalho, José Brandão, que publicou uma admirável bibliografia portuguesa da I Grande Guerra Mundial, Mário Reis, Edmundo Santos, Cardoso Sant’Iago, Luiz Carrisso, Santos Júnior, António Amargo, Canavarro de Valadares, Alberto Borges, Artur Bivar, Nicolau da Fonseca, João Gaspar Simões, Francisco Martins Cardoso, Joaquim Leite, o próprio Cardoso Martha, autor da obra citada, entre muitos outros. O colaborador artístico permanente era António Piedade.
Os cortes da censura A partir de 1926, com a instauração da Ditadura Militar, a partir da Revolução triunfante do Marechal Gomes da Costa, no 28 de Maio, verifica-se um recuo da liberdade de imprensa, que se reflecte em todos os periódicos nacionais e regionais. O jornal “O Figueirense” não foi excepção e, pelo que foi possível apurar junto do que viria a ser o futuro director, Aníbal Correia de Matos, a vida deste jornal não foi fácil. Houve números que nunca chegaram a sair, por falta de conteúdo relevante, já que eram completamente truncados pelas comissões de censura. A estratégia passava então por adoptar notícias de âmbito nacional, de feição ao regime político vigente, fazendo o paralelismo para a realidade local. Aí residiu o segredo de o jornal ter escapado muitas vezes à mão atroz dos censores. Temos como exemplo a elaboração de um suplemento ao número 657 do jornal dedicado à Revolução Militar de Gomes da Costa de 28 de Maio de 1926 e datado de 1 de Junho de 1926, ou o artigo de primeira página do dia 1 de Junho de 1940, do número 2076, com o título “A Festa de Portugal”, dedicado às comemorações dos Centenários, que pressupunha um ambiente de grande entusiasmo, em todo o país.
A censura atravessou transversalmente a Ditadura Militar desencadeada por Gomes da Costa (1926-1933), o «Estado Novo» e a IIª República Corporativa, legitimados pela Constituição de 1933, pelo que se pode falar claramente de 48 anos de repressão à imprensa, que só terminaram com o a Revolução do 25 de Abril de 1974. A liberdade estava ganha!
A caminho das Bodas de Ouro Na época balnear de 1936, o jornal “O Figueirense” tomou temporariamente o nome de Diário da Praia, o segundo deste nome, já que no ano anterior tinha existido um jornal com esta mesma designação, com orientação editorial diferente. Manteve-se com estes dois títulos e em formato pequeno a partir de 28 de Agosto de 1936, entre os seus números 1731 e 1768.
Em 19 de Dezembro de 1950, devido à morte de Joaquim Gomes de Almeida, quem ocupou o cargo de direcção, interinamente, foi Aníbal Correia de Matos. Viria a ser substituído pelo Dr. Alberto Borges, até ao número 3302, de 4 de Fevereiro de 1961. No número seguinte, o 3303, Aníbal Correia de Matos regressa definitivamente como director.
Em 1969, na comemoração dos 50 anos da quarta série, o jornal “O Figueirense” tem o prazer de noticiar a atribuição da Medalha de Mérito de Ouro da Cidade da Figueira da Foz, na sua edição de sábado, dia 19 de Julho de 1969 (edição número 3739), num artigo de primeira página, que diz: “A Câmara Municipal deliberou atribuir a Medalha de Mérito de Ouro e dar o nome deste jornal à antiga Rua do Curro.”
[1]
À data do seu quinquagésimo aniversário o jornal era propriedade de Matos & Irmão. A redacção, administração e oficinas funcionavam no número 212 da Rua da República, que hoje continua a ter esse nome e se estende desde a Estação de Caminhos de Ferro, até à Praça 8 de Maio e à zona adjacente da antiga doca.
Em 15 de Maio de 1981, no seu número 4296, o jornal anuncia uma interrupção temporária, vindo a aparecer posteriormente de forma interpolada, com o número 4297 em 20 de Janeiro de 1982 e com o número 4298 de 15 de Dezembro de 1982. “O Figueirense” vai retomar a sua publicação regular, a partir do número 4299, em 8 de Julho de 1983, até aos dias de hoje.

Um passo para o futuro

Em 1988 o jornal “O Figueirense” é adquirido pela Sociedade Figueira Praia S.A.. O grande dinamizador desta aquisição é Fernando Alves do Vale. A empresa Ralma Lda, (da qual fazia antes parte também o Dr. António Ramos), essa, continuou com a mesma designação.
Aníbal Correia de Matos continua por algum tempo a dirigir o jornal, sendo nomeado para director-adjunto o Dr. Jorge Babo, professor da Escola Secundária Bernardino Machado. Jorge Babo viria depois a abandonar o cargo. Ainda em 1988 surge então uma nova equipa: o Dr. Carlos Albarino Maia é convidado para director, em simultâneo com António Jorge Lé (chefe de redacção) e Jorge Reis (editor desportivo). Para gerente executivo é nomeado Jorge Galamba Marques.
Em 1990 o Grupo Amorim chega à Figueira da Foz, ao adquirir as participações da Sociedade Figueira Praia. No entanto, o Grupo Amorim acarinha a existência do jornal “O Figueirense” e, mais tarde, em 2002, cria a empresa Fozcom – Produção e Comunicação Multimédia, S.A., que sucede desta forma à Ralma Lda..
As antigas instalações do Jornal funcionavam na Rua de “O Figueirense”, uma perpendicular à Praça General Freire de Andrade (Praça Velha), tendo-se mudado para a Praça 8 de Maio (Praça Nova), em 1 de Abril de 2001, onde está em modernas instalações.
Durante os últimos anos foram colocados inúmeros desafios ao jornal “O Figueirense”, que passaram pela renovação do aspecto gráfico e pela criação de uma edição on-line actualizada permanentemente, projectos estes que pretendem captar novos públicos e assegurar o contacto permanente com os figueirenses que estão no estrangeiro ou não têm acesso directo à edição escrita deste jornal semanário.
O projecto de design gráfico foi elaborado por Pedro Pessoa, da empresa Pandemia, enquanto que a edição on-line é gerida pela empresa Octágono – Comunicação Digital, Lda..
O actual director do jornal, António Jorge Lé, foi o principal impulsionador de todas estas transformações que considera essenciais para a actualidade. O lema é apostar na modernidade, respeitando a linha editorial existente – servir a Figueira da Foz. O administrador executivo é João Leal Barreto e o director Comercial Ângelo Bragança Coelho.
Houve também uma preocupação em preservar a memória colectiva do jornal ao longo dos seus quase 85 anos de história. A imagem do fundador da quarta série do jornal foi perpetuada em fotografia e à redacção foi atribuído, simbolicamente, o nome de Aníbal Correia de Matos, o jornalista mais antigo da cidade da Figueira da Foz. Foi para esse efeito descerrada uma placa, ainda nas antigas instalações, por iniciativa do actual director em 12 de Junho de 2000. Este acto foi realizado em virtude de Aníbal de Matos, à data, escrever assiduamente, desde 1926. Nas instalações do jornal “O Figueirense” estão presentes igualmente fotografias de Albarino Maia e Jorge Reis, já falecidos, e documentação preciosa para o estudo do jornal, como sejam exemplares antigos e gravuras.
Hoje
“O Figueirense” é actualmente um jornal semanário que sai à sexta-feira. Tem um formato fixo de 32 páginas, com vários planos a cor, alternados com planos a preto e branco. A rotina produtiva do jornal realiza-se nas suas instalações, onde é efectuada a paginação e a maqueta final, que de seguida é enviada através de uma linha telefónica dedicada da Figueira da Foz para as instalações da Mirandela – Artes Gráficas, S.A., em Lisboa, onde é feita a impressão e o acabamento das edições. Uma vez concluído este processo, as encomendas com os jornais impressos são remetidas directamente para os assinantes, por via postal. A tiragem média mensal ronda os 18 mil exemplares.
A assinatura anual tem o custo de 15 euros. Existem muitos assinantes quer em Portugal, na cidade da Figueira da Foz e na região de Coimbra, quer no estrangeiro, especialmente em Espanha e nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
A nível institucional, o jornal “O Figueirense” está inscrito no Instituto da Comunicação Social com o número 100543 e é membro da Associação Portuguesa da Imprensa (AIND), da Associação Portuguesa da Imprensa Regional (APIR) e da União Portuguesa da Imprensa Regional (UNIR).
O jornal “O Figueirense” conta, ao longo da sua existência, com inúmeras distinções e é Sócio Honorário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz e da Sociedade Filarmónica 10 de Agosto, uma das mais antigas e prestigiadas colectividades da Figueira da Foz. Ao fim de 85 anos de história da quarta série, o jornal “O Figueirense” é o jornal mais antigo da cidade da Figueira da Foz.
Edições especiais
Ao longo dos anos o jornal tem publicado inúmeras edições especiais e suplementos temáticos, que são fruto da vontade de dar a conhecer as personalidades históricas, os lugares e os recursos da Figueira da Foz e da região onde se insere. Tudo isto com um único ideal – o da aproximação do jornal aos seus leitores.
Em 6 de Abril de 1922, o jornal publicou uma edição especial de seis páginas, no seu número 228, dedicada ao lampadário da Batalha, onde devia estar bem presente a Chama da Pátria. Recorreu-se à utilização de uma gravura sugestiva deste símbolo e à colaboração especializada de diversos oficiais do exército português.
Catorze dias depois, no dia 20 de Abril de 1922, a “saga” dos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que empreenderam fazer a travessia do Atlântico Sul, desde Lisboa até ao Rio de Janeiro, a bordo de um pequeno hidroavião – o «Lusitânia», motivou a publicação um número especial do jornal (número 232). A chegada dos dois aviadores aos Penedos de São Pedro e São Paulo, ao largo da costa brasileira, foi notícia de primeira página, onde sobressaía uma grande cruz de Cristo vermelha e as fotografias dos dois aviadores.
Em 18 de Junho de 1922, um dia depois da chegada de Gago Coutinho e Sacadura Cabral ao Brasil, ao fim de se cumprirem 8000 quilómetros e 60 horas e 14 minutos de voo, “O Figueirense” prestou homenagem aos dois aviadores, no seu número 249. A primeira página desta edição, totalmente a cores, incluía uma silhueta do hidroavião, as fotografias dos aviadores e o escudo nacional. Nas dez páginas de texto interiores dedicadas ao acontecimento, podiam observar-se pormenores diversos do hidroavião “Lusitânia II” nos Penedos de São Pedro e São Paulo, que após o acidente com a aeronave original, permitiu que os dois pilotos portugueses chegassem a Terras de Vera Cruz. O número 286 do jornal, de 26 de Outubro de 1922, relatava o regresso a Lisboa de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, recorrendo a muitas ilustrações.
Em 22 de Junho de 1924, após ter completado o seu quinto ano de vida e em plena época balnear, "O Figueirense” dedicou a sua primeira edição especial, totalmente a cores, à Figueira da Foz. Neste número foram incluídas 40 imagens da praia, da cidade e arredores, modelo que obteve grande sucesso. Apostando na sua continuidade, foram publicados vários exemplares bi-semanais, até dia 22 de Julho de 1924, data em que sairia a última edição, com o número 455, de uma série de números comemorativos, impressos a cores, ilustrados e acompanhados de textos inéditos.

Suplementos

No dia 4 de Março de 1939 foi publicado o primeiro número do suplemento “Filmagem”, dedicado à propaganda cinematográfica, edição esta que viria a não circular por falta de autorização dos Serviços de Censura. O projecto manteve-se e no dia 11 de Março foi distribuído um novo número inaugural deste suplemento, o primeiro de dez edições, publicadas sob a direcção de J. Oliveira Santos.
Também em 1939, é criado um novo suplemento, designado por “Tribuna Literária”. Teve como seus mentores Belarmino Pedro e Manuel Guimarães. Este suplemento publicou 296 números, que saíram semanalmente com o Jornal, ao longo de 11 anos, entre 10 de Abril de 1940 e 24 de Novembro de 1951.
Belarmino Pedro (1909-1990) nasceu em Almalaguês (Coimbra) e morreu em Tavarede (Figueira da Foz). Fez a sua formação escolar na Figueira da Foz e foi funcionário da Câmara Municipal desta cidade. Quando aposentado, dedicou-se de alma e coração ao jornalismo, tendo colaborado para além do jornal “O Figueirense”, em inúmeros periódicos do país, dos quais se podem citar como mais conhecidos os jornais “A Voz”, o “Diário da Manhã”, o “Jornal de Notícias”, o “Diário de Lisboa”, o “Comércio do Porto”, “O Século”, o “Diário de Coimbra”, o “Diário de Notícias”, “O Dia” e a revista “Renascença”. Foi redactor do Jornal “O Dever”, ainda hoje em publicação, propriedade da Paróquia de São Julião da Figueira da Foz. Viria a ser, em 1953, um dos fundadores do Jornal “A Voz da Figueira”, ainda existente, permanecendo aí como director a partir de Julho de 1969, até à sua morte. Belarmino Pedro, foi também escritor, tendo-nos deixado obras de grande valor crítico. Ingressou na Conferência Religiosa de São Vicente de Paulo, na qual foi um dos grandes mentores da construção do “Bairro Padre Américo” da Figueira da Foz, para alojamento de famílias pobres, projecto este que foi concretizado graças ao apoio do Jornal “A Voz da Figueira”, que então dirigia.
Em 1947 foi criada uma separata com o nome de “As Novas Indústrias do Cabo Mondego”, com o intuito de divulgar os recursos industriais existentes na faixa noroeste do concelho da Figueira da Foz, nomeadamente as minas de carvão e as fábricas de cimento e de cal hidráulica, das quais hoje ainda se mantém esta última em funcionamento.
Em 1956, Alberto de Monsaraz publica uma separata de homenagem a Joaquim António Simões (1817-1905). O homenageado, a título de curiosidade, nasceu na Abrunheira (Verride) e veio muito novo para a Figueira da Foz. Herdou uma vasta fortuna de seus pais e foi ao longo da sua vida um excelente investidor, tendo-se estabelecido nesta cidade com armazéns de vinhos, que ocupavam um lugar de destaque no panorama nacional de distribuidores. Ministro do Reino de D. Maria II, foi grande impulsionador da construção do Teatro Circo Saraiva de Carvalho, actual Casino da Figueira, constituindo-se como o principal accionista deste empreendimento cultural e artístico. Foi ainda responsável pela instalação da Linha Ferroviária da Beira Alta e pela construção da velha ponte sobre o Rio Mondego, entre outros equipamentos, na Figueira da Foz, que ainda hoje subsistem. Por curiosidade, pode referir-se ainda que foi graças a familiares de Joaquim António Simões que Ramalho Ortigão começou a frequentar a Figueira da Foz.


*Nota do autor: Todas as referências aos 85 Anos do Jornal “O Figueirense” são relativas a 2004, ano da realização e publicação deste trabalho. Importa referir que o Jornal “O Figueirense” continua a ser editado e publicado todas as semanas, às quartas-feiras. A História recente do jornal trouxe novos elementos a este trabalho que, contudo, não puderam ser ainda actualizados.

[1] Assinado pelo Sr. Eng. José Coelho Jordão, ilustre presidente da Câmara Municipal deste Concelho, recebemos com data de 11 do corrente (Julho de 1969), o ofício que a seguir transcrevemos:
“Sr. director de O Figueirense
Figueira da Foz
Tenho a honra de levar ao conhecimento de V. ... que esta Câmara, em reunião de 1 do corrente mês, congratulou-se pela elevação como decorreu o «II Encontro da Imprensa Regional das Beiras» e agradece todas as referências amáveis à nossa cidade e sente-se profundamente reconhecida pela defesa que, nas colunas dos jornais das Beiras, frequentemente se fez dos legítimos interesses da Figueira.
Levo ainda ao conhecimento de V. ... que, na mesma reunião, foi deliberado dar o nome de Rua de «O Figueirense” à actual Rua do Curro e atribuir ao Semanário a Medalha da Mérito de Ouro.
Apresento a V. ... os meus melhores cumprimentos.”
A Bem da Nação
O Presidente da Câmara
José Coelho Jordão (Eng.)

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